terça-feira, 23 de novembro de 2010

Conceituando Currículo e sua Integração com as Tecnologias

Falar de currículo nos remete a repensar nas diversas concepções externadas pelos professores em encontros de formação continuada, como: “Tudo que se discute e se aprende nas diversas áreas do conhecimento; saberes sistematizados; Parâmetros que norteiam o trabalho pedagógico; Diretrizes disciplinares para o saber, para o processo de ensino e aprendizagem que abrangem a organização dos conteúdos de forma relevante para aquisição de diferentes aprendizagens”.
Assim as indagações se tornam mais eminentes quando se pergunta o que vem a ser currículo? Qual a importância dada ao currículo pela escola? Quais as relações existentes entre currículo, aprendizagem, ensino e tecnologias?
Para tentar responder as tais indagações é imprescindível não somente conceituar, mas, analisar cada conceito e sua funcionalidade para o processo educacional significativo. Portanto nos reportemos, de acordo, a concepção de currículo que vai além de pensamentos ingênuos e tradicionalistas de acordo (SILVA, 1999:150) apud PADILHA,
O cuuriculo tem significados que vão muito além daqueles aos quais as terorias tradicionais nos confinaram. O currículo é lugar, espaço, território. O currículo é relação de poder. O currículo é trajetória, viagem, percurso. O currículo é autobiografia, nossa vida, curriculum vitae: no currículo se forja nossa identidade. O currículo é texto, discurso, documento. O currpiculo é documento de identidade. (SILVA, 1990: 150)

Podemos observar que tal concepção é ampla, podendo ser instrumento de consenso e conflito de idéias a partir de um trabalho desenvolvido, não somente na escola, através de conteúdos, mas das relações e atitudes permeados pelo interior da escola e dos espaços fora da escola de forma que haja intencionalidade.
através dos pilares da educação quando se afirma que é preciso “aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Nessa conjuntura a tecnologia ganha força quando se intenciona ser formador de sujeitos que tenham uma formação ampla e plena, não negligenciando as mudanças e necessidades sociais das quais a escola não deve ficar à margem.
Por tecnologia, podemos afirmar que são ferramentas que propiciam interação, comunicação, contribuição, construção histórica do ser humano, baseados nas transformações cotidianas para o rompimento das barreiras de comunicação e integração, ou seja, pode ser vista como o fortalecimento das relações sociais. Assim, a escola percebida como um espaço de socialização, disseminação do conhecimento sistematizado e de crescimento pessoal, profissional e acadêmico deve promover propagação, o incentivo e a garantia da função social que lhe é concebida, pois de acordo Maria Elizabeth Almeida e Maria Elisabette Prado afirmam que:
Os estudos sobre currículo ou sobre tecnologias e educação se desenvolvem durante algum tempo desarticulados entre si, o que dificultou o enfoque globalizante na análise dos desafios e problemas emergentes no âmbito da educação que se realiza no meio de uma sociedade caracterizada pela cultura tecnológica. Tala dicontomia tem conduzido à produção de concepções teóricas e atividades nem sempre coerene entre si. (ALMEIDA & PRADO, 2008).

Desta feita sabemos que, pra que haja essa integração entre tais mecanismos citados a sala de aula deve ser a base para uma construção de um processo que privilegie atitudes democráticas onde a valorização do pensamento coletivo seja o cerne para o desenvolvimento de todo trabalho na e da escola, em consonância com as necessidades dos alunos, a partir da elaboração de projetos que privilegiem o conhecimento e curiosidades externadas pelos estes, de forma colaborativa e instigativa pois, “ o aluno aprende no processo de produzir, levantar dúvidas, pesquisar e criar relações que incentivem novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções do conhecimento” (PRADO, 2008).
O trabalho com projetos por possibilitar a interação e integração dos envolvidos, visto que é uma construção que parte das necessidades dos alunos, gera participação efetiva desde a elaboração e sua efetivação em sala de aula, tornando o ensinar e o aprender mais prazeroso e significativo tanto para o professor quanto para o aluno. Portanto trabalhar nessa perspectiva, proporciona maior aprendizado suscitando melhor compreensão do processo e sistematização significativa para todos os envolvidos no processo educacional.